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Os Filhos de Deus do Universo Local

9. Os Governantes Lanonandeques

35:9.1

Os Lanonandeques são os governantes permanentes dos planetas e soberanos rotativos dos sistemas. Um destes Filhos governa agora em Jerusém, a sede-central do vosso sistema local de mundos habitados.

35:9.2

Os Soberanos dos Sistemas governam em comissões de dois ou três, na sede-central de cada sistema de mundos habitados. O Pai da Constelação nomeia um desses Lanonandeques como dirigente, a cada decamilênio. Algumas vezes, não é feita nenhuma mudança no comando do trio; sendo a questão inteiramente opcional para os governantes das constelações. Os governos dos sistemas não têm o seu pessoal substituído subitamente, a menos que ocorra alguma espécie de tragédia.

35:9.3

Quando os Soberanos dos Sistemas ou os seus assistentes são revogados, os seus lugares são ocupados por uma seleção feita pelo conselho supremo, localizado na sede-central da constelação, dentre os da reserva daquela ordem; e, em Edêntia, esse grupo de reserva é maior do que a média indicada.

35:9.4

Os conselhos supremos dos Lanonandeques estão estacionados nas várias esferas-sede das constelações. A esse corpo preside o Altíssimo colaborador sênior do Pai da Constelação, enquanto o colaborador júnior supervisiona as reservas da ordem secundária.

35:9.5

Os Soberanos dos Sistemas fazem jus ao seu nome; eles são quase como soberanos nos assuntos locais dos mundos habitados. E agem de forma quase paternal ao dirigir os Príncipes Planetários, os Filhos Materiais e os espíritos ministradores. O domínio pessoal do soberano é praticamente completo. Esses governantes não são supervisionados pelos observadores da Trindade, provenientes do universo central. Constituem a divisão executiva do universo local e, enquanto custódios encarregados da promulgação dos mandados legislativos ou executivos que aplicam os veredictos judiciais, eles representam o único escalão, em toda a administração do universo, no qual a deslealdade pessoal para com a vontade do Filho Michael poderia, fácil e prontamente, instalar-se e afirmar-se.

35:9.6

O nosso universo local tem sido desafortunado, pois mais de setecentos Filhos da ordem Lanonandeque rebelaram-se contra a direção do universo, precipitando, assim, a confusão em vários sistemas e em numerosos planetas. De todo esse número de fracassos, apenas três eram Soberanos de Sistemas; e praticamente todos esses Filhos pertenciam à segunda e terceira ordens, a dos Príncipes Planetários e Lanonandeques terciários.

35:9.7

Desses filhos, o elevado número que caiu do alto da sua integridade não indica nenhuma falha na sua criação. Eles poderiam ter sido criados divinamente perfeitos, mas foram gerados de um modo tal que pudessem entender melhor as criaturas evolucionárias, de como vivem nos mundos do tempo e do espaço e, assim, aproximar-se mais delas.

35:9.8

De todos os universos locais de Orvônton, exceção feita a Hênselon, foi o nosso universo o que perdeu o maior número dessa ordem de Filhos. Em Uversa, é do consenso geral pensar que tivemos tanta complicação administrativa assim, em Nébadon, porque os nossos Filhos da ordem Lanonandeque foram criados com um grau muito elevado na liberdade pessoal de escolher e planejar. E não faço essa observação como uma forma de crítica. O Criador do nosso universo tem plena autoridade e poder para fazer isso. A idéia sustentada pelos nossos altos governantes é a de que, ainda que os Filhos com um tal livre-arbítrio possam causar problemas excessivos em idades iniciais do universo, quando as coisas afinal estiverem completamente sob controle e finalmente estabelecidas, os ganhos vindos de uma lealdade mais elevada e um serviço mais voluntário, da parte desses Filhos profundamente testados, farão mais do que compensar a confusão e atribulações dos primeiros tempos.

35:9.9

Em caso de rebelião na sede-central de um sistema, um novo soberano é colocado, geralmente, em um espaço de tempo relativamente curto, mas não é assim nos planetas individuais. Eles são as unidades componentes da criação material, e o livre-arbítrio da criatura é um fator para o julgamento final de todos esses problemas. Os Príncipes Planetários sucessores são designados para os mundos isolados, os planetas cujos príncipes possam haver-se desviado em autoridade; mas eles não assumem o governo ativo de tais mundos até que os resultados da insurreição sejam parcialmente superados e removidos, pelas medidas reparadoras adotadas pelos Melquisedeques e outras personalidades ministrantes. A rebelião, da parte de um Príncipe Planetário, instantaneamente isola o seu planeta; os circuitos espirituais locais são imediatamente cortados. Apenas um Filho de auto-outorga pode restabelecer as linhas interplanetárias de comunicação com um mundo assim espiritualmente isolado.

35:9.10

Existe um plano para salvar esses Filhos Lanonandeques indóceis e pouco sábios; e muitos já se valeram desse aprovisionamento de misericórdia; todavia, nunca mais poderão de novo funcionar nas posições em que falharam. Após a reabilitação, são designados para tarefas de custódia e os departamentos da administração física.


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