Embora penetre todos os universos do tempo e do espaço, o Espírito Infinito funciona a partir da sede-central de cada universo local, na forma de uma focalização especializada, adquirindo qualidades de plena personalidade, por meio da técnica da cooperação criativa com o Filho Criador. No que concerne a um universo local, a autoridade administrativa de um Filho Criador é suprema; o Espírito Infinito, representado pela Ministra Divina, é integralmente cooperativo, embora perfeitamente coordenado.
O Espírito Materno do Universo de Sálvington, coligado a Michael no controle e na administração de Nébadon, pertence ao sexto grupo de Espíritos Supremos, sendo o de número 611 121 dessa ordem. Ela fez-se voluntária para acompanhar Michael na ocasião em que este se liberou das suas obrigações no Paraíso e, desde então, tem funcionado junto com Michael na criação e no governo do universo dele.
O Filho Mestre Criador é o soberano pessoal do seu universo, contudo, em todos os detalhes dessa administração, o Espírito Materno do Universo é co-diretora com o Filho. Ao mesmo tempo em que o Espírito Materno sempre reconhece o Filho como soberano e governante, o Filho sempre concede a essa representante do Espírito uma posição coordenada de igualdade na autoridade sobre todos os assuntos do reino. Em todo o seu trabalho, de amor e de outorgamento da vida, o Filho Criador está sempre perfeitamente respaldado, tanto quanto contínua e habilmente assistido, de modo capaz, pela todo-sábia e sempre fiel, Espírito Materno do Universo, e também por todo o corpo diversificado de assessores de personalidades angélicas da Ministra. Essa Ministra Divina, na realidade, é a mãe dos espíritos e personalidades espirituais; é a conselheira sempre presente e todo-sábia do Filho Criador, manifestação fiel e verdadeira que é do Espírito Infinito do Paraíso.
O Filho funciona como um pai, no seu universo local. O Espírito, do modo como as criaturas mortais entenderiam, faz o papel de uma mãe, assistindo sempre o Filho e permanecendo perpetuamente indispensável à administração do universo. Na circunstância de uma insurreição, apenas o Filho e os seus Filhos coligados podem funcionar como libertadores. O Espírito não pode nunca contestar a rebelião, nem defender a autoridade; mas o Espírito deve sempre apoiar o Filho em tudo, de tudo o que possa ser necessário a ele experimentar, e nos seus esforços para estabilizar o governo e manter a autoridade nos mundos contaminados pelo mal ou dominados pelo pecado. Apenas um Filho pode restabelecer o trabalho da sua criação conjunta, contudo, nenhum Filho poderia esperar o êxito final sem a cooperação contínua da Ministra Divina e seu vasto conjunto de colaboradoras espirituais, as filhas de Deus, que tão fiel e valentemente lutam pelo bem-estar dos homens mortais e pela glória dos seus pais divinos.
Quando o Filho Criador completa a sua sétima e última auto-outorga como criatura, as incertezas do isolamento periódico terminam para a Ministra Divina e, então, a ajudante do Filho no universo torna-se, para sempre, estabelecida em segurança e controle. É no momento da entronização do Filho Criador, como um Filho Mestre, no jubileu dos jubileus, que o Espírito Materno do Universo, perante as hostes reunidas, faz pública e universalmente pela primeira vez o seu reconhecimento de subordinação ao Filho, prometendo fidelidade e obediência. Esse acontecimento ocorreu em Nébadon, na época do retorno de Michael a Sálvington, depois da auto-outorga em Urântia. Nunca, antes dessa memorável ocasião, havia o Espírito Materno do Universo reconhecido sua subordinação ao Filho do Universo; e, só depois desse abandono voluntário de poder e autoridade, da parte do Espírito, é que verdadeiramente poderia ser proclamado sobre o Filho que “todo o poder no céu e na Terra foi entregue nas suas mãos”.
Após esse voto de subordinação da parte do Espírito Criativo Materno, Michael de Nébadon nobremente reconheceu a sua eterna dependência da sua companheira, Espírito Materno, constituindo-a como Espírito co-governante dos domínios do seu universo e requisitando de todas as suas criaturas que prometessem ao Espírito a mesma lealdade prometida ao Filho; e a “Proclamação da Igualdade” final foi emitida e tornada pública. Embora seja o soberano deste universo local, o Filho tornou público, para os mundos, o fato da igualdade entre ele e o Espírito, em todos os dons de personalidade e atributos de caráter divino. E isso se transforma no modelo transcendental da organização da família, e do governo mesmo, para as criaturas inferiores dos mundos do espaço. Isso é, de fato e de verdade, o alto ideal da família e da instituição humana do casamento voluntário.
O Filho e o Espírito-Mãe agora presidem ao universo de uma forma muito semelhante àquela pela qual um pai e uma mãe velam pela sua família de filhos e filhas, e suprem-na. Não é inteiramente fora de propósito referir-se ao Espírito Materno do Universo, a Ministra Divina, como a companheira criativa do Filho Criador, e considerar as criaturas dos reinos como os seus filhos e filhas—uma grande e gloriosa família, cujas responsabilidades todavia são incalculáveis e cuja vigilância é infindável.
O Filho inicia a criação de alguns dos filhos do universo, enquanto o Espírito Materno somente é responsável por trazer à existência as inúmeras ordens de personalidades ministradoras do espírito, as quais servem sob a direção e guia desse mesmo Espírito Materno. Na criação de outros tipos de personalidade do universo, ambos, o Filho e o Espírito, funcionam juntos e, para qualquer ato criativo, um deles nada faz sem o conselho e a aprovação do outro.