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Os Filhos Criadores do Paraíso

1. Origem e Natureza dos Filhos Criadores

21:1.1

Quando a plenitude da ideação espiritual absoluta, no Filho Eterno, alcança a plenitude do conceito da personalidade absoluta, no Pai Universal; quando tal unificação criadora é final e plenamente atingida; quando essa identidade absoluta de espírito e essa unificação infinita de conceito de personalidade ocorrem, então, imediatamente, sem que nenhuma das Deidades infinitas perca nada em personalidade ou em prerrogativa, surge nesse momento exato, em existência plena e completa, um Filho Criador novo e original; um Filho unigênito do ideal perfeito e da idéia poderosa, cuja unificação produz essa nova personalidade criadora, em poder e perfeição.

21:1.2

Cada Filho Criador é uma progênie unigênita e unicamente-gerável, da união perfeita entre os conceitos originais das duas mentes infinitas, eternas e perfeitas dos Criadores, para sempre eternos e existentes, do universo dos universos. Nunca poderá existir um outro Filho como este ou aquele; porque cada Filho Criador é a expressão inqualificável, acabada e final, e é a incorporação de toda e qualquer fase, de cada característica, de cada possibilidade e de cada realidade divina que jamais poderia, por toda a eternidade, ser encontrada ou expressa, ou ainda evoluir a partir daqueles potenciais criativos divinos que se uniram para trazer esse Filho Michael à existência. Cada Filho Criador é o absoluto dos conceitos unificados da deidade, que constituem a sua origem divina.

21:1.3

As naturezas divinas desses Filhos Criadores são, em princípio, derivadas igualmente dos atributos de ambos os Pais, do Paraíso. Todos compartilham da plenitude da natureza divina do Pai Universal e das prerrogativas criadoras do Filho Eterno; mas, à medida que observamos as realizações práticas das atribuições dos Michaéis nos universos, discernimos diferenças aparentes. Alguns Filhos Criadores parecem ser mais como Deus, o Pai; outros, mais como Deus, o Filho. Por exemplo: a tendência da administração, no universo de Nébadon, sugere que o seu Filho Criador e governante seja um daqueles cuja natureza e cujo caráter assemelham-se mais aos do Filho Materno Eterno. Deveria ainda ser dito, pois, que alguns Michaéis do Paraíso, que presidem aos universos, se assemelham igualmente a Deus, o Pai, ou a Deus, o Filho. E tal observação, em nenhum sentido, implica crítica nenhuma, é apenas o registro de um fato.

21:1.4

Não sei o número exato de Filhos Criadores que existem, mas tenho boas razões para acreditar que há mais de setecentos mil. Ora, sabemos que há exatamente setecentos mil Uniões dos Dias; e nenhum mais está sendo criado. Também observamos que os planos de ordenação da idade atual do universo parecem indicar que um União dos Dias deve estar sediado, em cada universo local, como embaixador conselheiro da Trindade. Notamos, ademais, que o número constantemente crescente de Filhos Criadores excede já o número estacionário de Uniões dos Dias. Contudo, no que concerne à quantidade dos Michaéis, além dos setecentos mil, nunca fomos informados de nada.


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