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Os Seres Coordenados Originários da Trindade

4. Os Censores Universais

19:4.1

Há exatamente oito bilhões de Censores Universais em existência. Esses seres únicos são o julgamento da Deidade. Eles não são meramente um reflexo das decisões da perfeição; eles são o julgamento da Trindade do Paraíso. Mesmo os Anciães dos Dias não se reúnem para julgamento, a não ser em associação com os Censores Universais.

19:4.2

Um Censor é indicado para cada um daquele total de um bilhão de mundos do universo central, tornando-se um adjunto da administração planetária do Eterno dos Dias residente. Nem os Perfeccionadores da Sabedoria, nem os Conselheiros Divinos tornam-se, assim, adjuntos, de um modo tão permanente das administrações de Havona; e não entendemos inteiramente por que os Censores Universais estão sediados no universo central. As suas atividades atuais dificilmente justificam a essa designação para Havona, e por isso suspeitamos que eles estejam ali por antecipação das necessidades de alguma idade futura do universo, na qual a população de Havona poderá ser alterada parcialmente.

19:4.3

Um bilhão de Censores é designado para cada um dos sete superuniversos. Tanto na sua capacidade individual, quanto na associação com os Perfeccionadores da Sabedoria e os Conselheiros Divinos, eles operam em todas as divisões dos sete superuniversos. Assim, os Censores atuam em todos os níveis do grande universo, desde os mundos perfeitos de Havona até os conselhos dos Soberanos de Sistemas; e são uma parte orgânica de todos os julgamentos dispensacionais dos mundos evolucionários.

19:4.4

Onde um Censor Universal estiver presente, e quando estiver presente, aí e então estará o julgamento da Deidade. E, já que os Censores sempre pronunciam os seus veredictos em conjunto com os Perfeccionadores da Sabedoria e os Conselheiros Divinos, essas decisões abrangem a sabedoria unificada, o conselho e o julgamento da Trindade do Paraíso. Nesse trio em jurisdição, o Perfeccionador da Sabedoria representaria o “Eu fui”, o Conselheiro Divino, o “Eu serei”; mas o Censor Universal é sempre o “Eu sou”.

19:4.5

Os Censores são personalidades totalizadoras do universo. Quando mil testemunhas—ou um milhão—houverem prestado testemunho, quando a voz da sabedoria houver falado e o conselho da divindade houver sido registrado; quando o testemunho da perfeição ascendente houver sido acrescentado, então o Censor funciona; e imediatamente é revelada uma totalização, sem erro e divina, de tudo o que houver acontecido; e essa aclaração representa a conclusão divina, a soma e a essência de uma decisão final e perfeita. Quando um Censor, portanto, houver falado, ninguém mais pode falar, pois o Censor haverá apresentado o total, o verdadeiro e o inequívoco sobre tudo aquilo que sucedeu antes. Depois que ele fala, não há mais apelação.

19:4.6

Eu compreendo plenamente a operação da mente de um Perfeccionador da Sabedoria, mas, com certeza, eu não entendo integralmente o trabalho da mente jurisprudente de um Censor Universal. Parece-me que os Censores formulam novas significações e originam valores novos de associação entre os fatos, verdades e evidências encontrados, apresentados a eles no curso de uma investigação dos assuntos do universo. Parece provável que os Censores Universais sejam capazes de formular interpretações originais, partindo das combinações entre o discernimento do Criador perfeito e a experiência da criatura perfeccionada. Tal associação entre a perfeição do Paraíso e a experiência do universo, sem dúvida, traz à existência, por conseqüência, um novo valor em ultimidade.

19:4.7

Mas isso não é o fim das nossas dificuldades, no que concerne ao funcionamento das mentes dos Censores Universais. Mesmo havendo efetuado todas as concessões devidas, por tudo o que conhecemos ou conjecturamos sobre o modo de atuação de um Censor, em qualquer situação no universo, verificamos não sermos ainda capazes de predizer suas decisões, nem prognosticar seus veredictos. Nós determinamos, muito cuidadosamente, o resultado provável da associação da atitude do Criador e da experiência da criatura, mas tais conclusões nem sempre são os prognósticos acurados das revelações do Censor. Quer-nos parecer que os Censores, de alguma maneira, estejam em ligação com o Absoluto da Deidade; pois, de outro modo, não poderíamos explicar muitas das suas decisões e ditames.

19:4.8

Os Perfeccionadores da Sabedoria, os Conselheiros Divinos e os Censores Universais, junto com as sete ordens das Personalidades Supremas da Trindade, constituem aqueles dez grupos que algumas vezes têm sido denominados Filhos Estacionários da Trindade. Juntos, eles compõem o grande corpo de administradores, governantes, executivos, assessores, conselheiros e juízes da Trindade. O seu número ultrapassa ligeiramente os trinta e sete bilhões. Dois bilhões e setenta milhões permanecem estacionados no universo central; e cerca de pouco mais de cinco bilhões em cada superuniverso.

19:4.9

É muito difícil descrever os limites funcionais dos Filhos Estacionários da Trindade. Seria incorreto dizer que as suas atuações se limitam ao finito, pois há transações registradas nos arquivos dos superuniversos a indicar o contrário. Eles atuam em qualquer nível da administração ou jurisdição do universo para o qual possam ser requisitados pelas condições tempo-espaciais, e que se referem à evolução do universo-mestre no passado, presente e futuro.


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