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Os Sete Espíritos Mestres

3. A Identidade e a Diversidade dos Espíritos Mestres

16:3.1

Os Sete Espíritos Mestres são seres indescritíveis, mas são distinta e definitivamente pessoais. Eles têm nomes, mas escolhemos apresentá-los por números. Enquanto personalizações primeiras do Espírito Infinito, eles são semelhantes, mas, como expressões primárias das sete combinações possíveis da Deidade trina, eles são essencialmente diferentes, pelas suas naturezas, e essa diversidade de natureza determina o diferencial na sua conduta no superuniverso. Esses Sete Espíritos Mestres podem ser descritos como se segue:

16:3.2

O Espírito Mestre Número Um. De uma maneira especial, este Espírito é a representação direta do Pai do Paraíso. Ele é uma manifestação peculiar e eficaz do poder, do amor e da sabedoria do Pai Universal. Ele é o coligado próximo e o conselheiro superno do comandante dos Monitores Misteriosos, aquele ser que preside ao Colegiado dos Ajustadores Personalizados, em Divínington. Em todas as interconexões entre os Sete Espíritos Mestres, é sempre o Espírito Mestre Número Um que fala pelo Pai Universal.

16:3.3

Esse Espírito preside ao primeiro superuniverso e, se bem que exponha infalivelmente a natureza divina de uma personalização primeira do Espírito Infinito, parece assemelhar-se mais especialmente ao Pai Universal, pelo seu caráter. Ele está sempre em ligação pessoal com os sete Espíritos Refletivos na sede-central do primeiro superuniverso.

16:3.4

O Espírito Mestre Número Dois. Este Espírito retrata adequadamente a natureza incomparável e o caráter encantador do Filho Eterno, o primogênito de toda a criação. Ele está sempre em ligação estreita com todas as ordens de Filhos de Deus, sempre que acontece de estarem eles no universo de residência, como indivíduos, ou em conclaves jubilosos. Em todas as reuniões dos Sete Espíritos Mestres, ele sempre fala pelo Filho Eterno e em nome Dele.

16:3.5

Esse Espírito dirige os destinos do superuniverso número dois, e rege esse vasto domínio, tal como o faria o Filho Eterno. Ele está sempre em ligação com os sete Espíritos Refletivos, situados na capital do segundo superuniverso.

16:3.6

O Espírito Mestre Número Três. A personalidade deste Espírito assemelha-se especialmente à do Espírito Infinito, e ele dirige os movimentos e o trabalho de muitas dentre as altas personalidades do Espírito Infinito. Ele preside às suas reuniões e está ligado estreitamente a todas as personalidades que têm origem exclusiva na Terceira Fonte e Centro. Quando os Sete Espíritos Mestres estão em conselho, é o Espírito Mestre Número Três que sempre fala pelo Espírito Infinito.

16:3.7

Esse Espírito está encarregado do superuniverso de número três, e administra os assuntos desse segmento, tal como o faria o Espírito Infinito. Ele está sempre em ligação com os Espíritos Refletivos na sede-central do terceiro super- universo.

16:3.8

O Espírito Mestre Número Quatro. Ao compartilhar das naturezas combinadas do Pai e do Filho, este Espírito Mestre é a influência determinante no que se relaciona às políticas e aos procedimentos Pai-Filho, nos conselhos dos Sete Espíritos Mestres. Este Espírito é o diretor supremo e conselheiro daqueles seres ascendentes que alcançaram o Espírito Infinito, havendo-se tornado, assim, candidatos a ver o Filho e o Pai. Ele incentiva àquele grupo enorme de personalidades que têm origem no Pai-e-Filho. Quando se torna necessário representar Pai-e-Filho na associação dos Sete Espíritos Mestres, é sempre o Espírito Mestre Número Quatro quem fala.

16:3.9

Esse Espírito estimula o quarto segmento do grande universo, de acordo com o conjunto peculiar dos seus atributos do Pai Universal e do Filho Eterno. Ele está sempre em ligação pessoal com os Espíritos Refletivos da sede-central do quarto superuniverso.

16:3.10

O Espírito Mestre Número Cinco. Esta personalidade divina, que combina com tanto refinamento o caráter do Pai Universal e do Espírito Infinito, é o conselheiro daquele enorme grupo de seres conhecidos como os diretores de potência, os centros de potência e os controladores físicos. Este Espírito também dá fomento e incentiva todas as personalidades que têm origem no Pai e no Agente Conjunto. Nos conselhos dos Sete Espíritos Mestres, quando a atitude de Pai-e-Espírito está em questão, é sempre o Espírito Mestre Número Cinco que tem a palavra.

16:3.11

Esse Espírito dirige o bem-estar do quinto superuniverso, de um modo tal que sugere a ação combinada do Pai Universal e do Espírito Infinito. Ele está sempre em ligação com os Espíritos Refletivos na sede-central do quinto super- universo.

16:3.12

O Espírito Mestre Número Seis. Este ser divino parece retratar o caráter combinado do Filho Eterno e do Espírito Infinito. Quando as criaturas criadas conjuntamente pelo Filho e pelo Espírito congregam-se no universo central, este Espírito Mestre é o seu conselheiro; e quando, nos conselhos dos Sete Espíritos Mestres, se torna necessário falar conjuntamente pelo Filho Eterno-e-Espírito Infinito, é o Espírito Mestre Número Seis que responde.

16:3.13

Esse espírito dirige os assuntos do sexto superuniverso, tal como o fariam o Filho Eterno e o Espírito Infinito. Ele está sempre em ligação com os Espíritos Refletivos na sede-central do sexto superuniverso.

16:3.14

O Espírito Mestre Número Sete. O Espírito que preside ao sétimo superuniverso é um retrato único, sem igual, do Pai Universal, do Filho Eterno e do Espírito Infinito. O Sétimo Espírito, o conselheiro que incentiva e ampara todos os seres de origem trina, é também o assessor e diretor de todos os peregrinos ascendentes de Havona, esses seres inferiores que alcançaram as cortes da glória mediante o ministério combinado do Pai, do Filho e do Espírito.

16:3.15

O Sétimo Espírito Mestre não é organicamente representante da Trindade do Paraíso; mas é fato conhecido que a sua natureza pessoal e espiritual seja o retrato do Agente Conjunto, nas mesmas proporções das três pessoas infinitas, cuja união de Deidade é a Trindade do Paraíso, e cuja função, como tal, é a fonte da natureza pessoal e espiritual de Deus, o Supremo. Por isso, o Sétimo Espírito Mestre revela uma relação pessoal e orgânica com a pessoa espiritual do Supremo em evolução. Portanto, nos conselhos dos Espíritos Mestres no alto, quando se torna necessário votar em nome da atitude pessoal combinada de Pai-Filho-e-Espírito, ou descrever a atitude espiritual do Ser Supremo, é o Espírito Mestre Número Sete quem atua. Assim, ele torna-se inerentemente aquele que preside ao conselho, no Paraíso, dos Sete Espíritos Mestres.

16:3.16

Nenhum dos Sete Espíritos Mestres é organicamente representativo da Trindade do Paraíso, mas, quando eles se unem como uma Deidade sétupla, essa união, no sentido da Deidade—não num sentido pessoal—, equivale a um nível funcional comparável às funções da Trindade. Nesse sentido, o “Espírito Sétuplo”, funcionalmente, é comparável à Trindade do Paraíso. É também nesse sentido que o Espírito Mestre Número Sete, algumas vezes, fala em confirmação das atitudes da Trindade ou, antes, atua como porta-voz da atitude de união dos Sete Espíritos, no que diz respeito à atitude da união-tríplice-da-Deidade, ou seja, à atitude da Trindade do Paraíso.

16:3.17

As funções múltiplas do Sétimo Espírito Mestre variam, assim, desde um retrato combinado das naturezas pessoais do Pai, do Filho e do Espírito, passando pela representação da atitude pessoal de Deus, o Supremo, até uma exposição da atitude de deidade da Trindade do Paraíso. E, sob alguns aspectos, esse Espírito que preside, semelhantemente, exprime as atitudes do Último e do Supremo-Último.

16:3.18

É o Espírito Mestre Número Sete quem promove, pessoalmente, por meio das suas múltiplas capacitações, o progresso dos candidatos à ascensão, dos mundos do tempo, nas suas tentativas de alcançar a compreensão da Deidade indivisa da Supremacia. Tal compreensão envolve o entendimento da soberania existencial da Trindade da Supremacia, coordenada, assim, com um conceito da soberania experiencial crescente do Ser Supremo, para constituir o entendimento que a criatura tem da unidade da Supremacia. A compreensão desses três fatores, da parte da criatura, equivale à compreensão que se tem, em Havona, da realidade da Trindade; além de dotar os peregrinos do tempo com a capacidade final de penetrar a Trindade, de descobrir as três pessoas infinitas da Deidade.

16:3.19

A incapacidade que os peregrinos de Havona têm de encontrar plenamente a Deus, o Supremo, é compensada pelo Sétimo Espírito Mestre, cuja natureza trina é, de um modo peculiar, reveladora da pessoa espiritual do Supremo. Durante a presente idade do universo, de não-contatabilidade da pessoa do Supremo, o Espírito Mestre Número Sete funciona no lugar do Deus das criaturas ascendentes, para as questões de relacionamentos pessoais. Ele é o elevado ser espiritual a quem todos os ascendentes estão certos de reconhecer e, de um certo modo, compreender, quando alcançarem os centros da glória.

16:3.20

Esse Espírito Mestre está sempre em ligação com os Espíritos Refletivos de Uversa, a sede-central do sétimo superuniverso, o nosso próprio segmento da criação. A sua administração de Orvônton evidencia a simetria maravilhosa da combinação coordenada das naturezas divinas do Pai, do Filho e do Espírito.


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