No centro da península edênica, encontrava-se o encantador templo de pedra do Pai Universal, o santuário sagrado do Jardim. Ao norte, a sede administrativa foi estabelecida; ao sul, foram construídas as casas para os trabalhadores e as suas famílias; a oeste, os terrenos estavam reservados para as escolas propostas para o sistema educacional do Filho esperado, enquanto a “leste do Éden” foram construídos os domicílios destinados aos Filhos prometidos e à progênie imediata deles. Os planos arquitetônicos para o Éden previam casas e terras abundantes para um milhão de seres humanos.
No momento da chegada de Adão, embora apenas um quarto do Jardim estivesse pronto, havia milhares de quilômetros de valetas de irrigação terminadas e mais de vinte mil quilômetros de vias e estradas pavimentadas. Havia um pouco mais do que cinco mil construções de tijolos nos vários setores, e árvores e plantas além da conta. Era de sete o maior número de casas que compunham qualquer conglomerado no parque. E, embora as estruturas do Jardim fossem simples, eram bastante artísticas. As estradas e as vias eram bem construídas, e a ornamentação da paisagem, refinada.
Os dispositivos sanitários do Jardim eram mais adiantados do que qualquer coisa que houvesse sido feita anteriormente em Urântia. A água, para beber, no Éden era mantida potável por meio da observância rígida de regulamentações sanitárias destinadas a conservar a sua pureza. Durante esses tempos iniciais, muita complicação adveio da negligência dessas regras, mas Van, gradativamente, inculcou nos seus companheiros a importância de não permitir que nada caísse nos reservatórios de água do Jardim.
Antes que a rede do sistema de esgotos houvesse sido implantada, os edenitas enterravam escrupulosamente todo lixo ou material em decomposição. Os inspetores de Amadon faziam as suas rondas todos os dias, à procura de causas possíveis de doenças. Os urantianos só redespertaram a sua consciência para a importância da prevenção de doenças humanas em tempos posteriores, nos séculos dezenove e vinte. Antes da interrupção do regime Adâmico, um sistema coberto de condutos de tijolos para a rede de esgotos havia sido construído, correndo por baixo dos muros e desembocando no rio do Éden, a mais de um quilômetro e meio adiante do muro externo, o menor, do Jardim.
Na época da chegada de Adão, a maior parte das plantas daquela região do mundo estava sendo cultivada no Éden. E muitas das frutas, cereais e nozes já haviam sido grandemente aperfeiçoadas. Muitos dos legumes e cereais modernos foram cultivados ali, pela primeira vez, mas dezenas de variedades de plantas comestíveis foram subseqüentemente perdidas para o mundo.
Cerca de cinco por cento do Jardim destinava-se a um cultivo altamente artificial, quinze por cento estavam parcialmente cultivados e o remanescente foi deixado em um estado mais ou menos natural, aguardando a chegada de Adão, pois se considerou melhor terminar o parque de acordo com as idéias dele.
E, assim, o Jardim do Éden se fez preparado para receber o Adão prometido e a sua consorte. E esse Jardim teria honrado um mundo sob administração perfeccionada e controle normal. Adão e Eva ficaram muito satisfeitos com o plano geral do Éden, embora houvessem feito muitas mudanças nas mobílias das suas próprias moradas pessoais.
Embora o trabalho de embelezamento mal houvesse sido acabado na época da chegada de Adão, o local já era uma preciosidade de beleza botânica; e, durante a primeira temporada da sua estada no Éden, todo o Jardim tomou uma nova forma e assumiu novas proporções de beleza e grandeza. Nunca, antes dessa época nem depois, Urântia foi o abrigo de uma exposição de horticultura e agricultura tão completa e de tal beleza.