Dificilmente será possível explicar à mente humana atual muitas das ocorrências estranhas e aparentemente grotescas do progresso evolucionário primitivo. Um plano com um propósito estava em andamento durante todas essas evoluções aparentemente estranhas das coisas vivas, mas não nos é permitido interferir arbitrariamente no desenvolvimento dos modelos de vida depois de colocados em operação.
Os Portadores da Vida podem empregar todos os recursos naturais possíveis e utilizar todas e quaisquer circunstâncias fortuitas que irão elevar o desenvolvimento do progresso da vida experimental; mas não nos é permitido intervir mecanicamente, nem manipular arbitrariamente a conduta e o curso da evolução, seja das plantas, seja dos animais.
Vós fostes informados de que os mortais de Urântia evoluíram por meio do desenvolvimento da rã primitiva, e que essa linhagem ascendente, levada em potencial dentro de uma única rã, escapou por pouco da extinção, em uma certa ocasião. Não se deve inferir disso, contudo, que a evolução da humanidade poderia ter sido impedida por um acidente nessa conjuntura. Naquele exato momento estávamos observando e estimulando nada mais do que mil linhagens de vida mutante, diferentes e muito distantes, que poderiam ter sido encaminhadas até vários modelos diferentes de desenvolvimento pré-humano. Essa rã ancestral, em particular, representava a nossa terceira seleção; as duas linhagens de vida anteriores haviam perecido, a despeito dos nossos esforços para sua conservação.
Mesmo a perda de Andon e Fonta, caso ocorresse antes que tivessem tido uma progênie, embora isso houvesse retardado a evolução humana, não a teria impedido. Depois do aparecimento de Andon e Fonta, e antes que os potenciais humanos mutantes de vida animal estivessem exauridos, nada menos do que sete mil linhagens favoráveis haviam evoluído e poderiam haver culminado em alguma espécie de tipo humano em desenvolvimento. E muitas dessas raças melhores foram, subseqüentemente, assimiladas pelas várias ramificações das espécies humanas em expansão.
Muito antes de o Filho e a Filha Material, elevadores biológicos, chegarem ao planeta os potenciais humanos das espécies animais em evolução haviam-se exaurido. Esse status biológico da vida animal é revelado aos Portadores da Vida por meio do fenômeno da terceira fase da mobilização do espírito ajudante, o que, de modo automático, ocorre concomitantemente com a exaustão da capacidade de toda vida animal de dar origem aos potenciais mutantes de indivíduos pré-humanos.
A humanidade em Urântia deve resolver os problemas que tem com o desenvolvimento mortal das raças humanas—nenhuma raça mais irá evoluir de fontes pré-humanas em todo o tempo futuro. Esse fato, todavia, não exclui a possibilidade de se atingir níveis de desenvolvimento humano amplamente mais elevados, por meio de uma estimulação inteligente dos potenciais evolucionários ainda residentes nas raças mortais. Tudo o que nós, os Portadores da Vida, fazemos para fomentar e conservar as linhagens de vida, antes do aparecimento da vontade humana, o homem deve fazer por si próprio, depois de tudo isso e depois que deixarmos de lado a nossa participação ativa na evolução. De modo geral, o destino evolucionário do homem está nas suas próprias mãos, e a inteligência científica deve, mais cedo ou mais tarde, substituir o funcionamento aleatório da seleção natural descontrolada e da casualidade na sobrevivência.
E, ao discutir o estímulo à evolução, não seria impróprio apontar que, em um futuro bem adiante, quando em algum momento estiverdes ligados a um corpo de Portadores da Vida, vós tereis oportunidades amplas e abundantes de fazer sugestões para se fazer quaisquer melhoramentos possíveis nos planos e na técnica de transplantar e de conduzir a vida. Sede pacientes! Se tiverdes boas idéias, se as vossas mentes forem férteis de métodos melhores de administração para qualquer parte dos domínios universais, ireis por certo ter uma oportunidade de apresentá-los aos vossos companheiros administradores nas idades que virão.