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O Estabelecimento da Vida em Urântia

3. O Meio Ambiente Espacial

58:3.1

Durante os primeiros tempos da materialização do universo, as regiões do espaço estão intercaladas com vastas nuvens de hidrogênio, muito semelhantes às nuvens astronômicas de poeira que agora caracterizam muitas regiões no espaço remoto. Uma grande parte da matéria organizada, que os sóis abrasadores reduzem e dispersam como energia radiante, originalmente era composta dessas nuvens espaciais primitivas de hidrogênio. Sob certas condições inusitadas, a desintegração dos átomos também ocorre no núcleo das massas maiores de hidrogênio. E todos esses fenômenos de constituição e desintegração do átomo, como nas nebulosas altamente aquecidas, são seguidos pela emergência de fluxos de marés de raios de energia radiante de comprimento curto. Acompanhando essas radiações diversas, há uma forma de energia-espaço desconhecida em Urântia.

58:3.2

Essa carga de energia de raios curtos do espaço, no universo, é quatrocentas vezes maior do que todas as outras formas de energia radiante que existem nos domínios do espaço organizado. A emissão de raios espaciais curtos, originários seja das nebulosas abrasadoras ou de tensos campos elétricos, seja do espaço exterior ou das vastas nuvens de pó de hidrogênio, é modificada, qualitativa e quantitativamente, pelas flutuações e pelas súbitas mudanças nas tensões, na temperatura, na gravidade e nas pressões eletrônicas.

58:3.3

Essas eventualidades, nas origens dos raios do espaço, são determinadas por muitas ocorrências cósmicas, bem como pelas órbitas de matéria circulante, que podem variar, de círculos modificados a elipses extremas. As condições físicas podem também ser grandemente alteradas, porque os elétrons algumas vezes giram no sentido oposto ao do comportamento da matéria mais grosseira, ainda que na mesma zona física.

58:3.4

As imensas nuvens de hidrogênio são verdadeiros laboratórios cósmicos de química, abrigando todas as fases da energia em evolução e matéria em metamorfose. Atividades energéticas intensas também ocorrem nos gases marginais das grandes estrelas binárias, que com tanta freqüência se sobrepõem e, em conseqüência disso, se misturam profundamente. Contudo, nenhuma dessas atividades energéticas, tremendas e extensas, do espaço, exerce a menor influência sobre os fenômenos da vida organizada—o plasma germinador das coisas e seres vivos. Essas condições da energia espacial são inerentes ao meio ambiente essencial ao estabelecimento da vida, todavia não são efetivas nas modificações subseqüentes dos fatores de herança do plasma da germinação, como o são alguns dos raios mais longos de energia radiante. A vida implantada pelos Portadores da Vida resiste plenamente a toda essa torrente assombrosa de raios curtos de espaço da energia do universo.

58:3.5

Todas essas condições cósmicas essenciais tinham que evoluir até um estado favorável, antes que os Portadores da Vida pudessem, de fato, iniciar o estabelecimento da vida em Urântia.


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