A raça predominante, durante as idades iniciais dos mundos habitados, é a do homem vermelho, que geralmente é a primeira a atingir níveis humanos de desenvolvimento. Todavia, conquanto o homem vermelho seja a primeira raça a se desenvolver nos planetas, também os povos subseqüentes, de outras cores, começam a surgir muito cedo, nas idades da emergência mortal.
As raças, as mais iniciais, são ligeiramente superiores às posteriores; o homem vermelho está muito acima da raça índigo-negra. Os Portadores da Vida transmitem o dom pleno das energias vivas à raça inicial ou vermelha, e cada manifestação evolucionária que se sucede, de grupos distintos de mortais, representa uma variação às custas do dom original. Até a estatura dos mortais tende a decrescer, do homem vermelho em diante, até a raça índigo, se bem que, em Urântia, hajam surgido traços inesperados de gigantismo nos povos verdes e alaranjados.
Nos mundos que possuem todas as seis raças evolucionárias, os povos superiores são os da primeira, da terceira e da quinta raças—a vermelha, a amarela e a azul. As raças evolucionárias, assim, alternam-se em capacidade de crescimento intelectual e desenvolvimento espiritual; a segunda, a quarta e a sexta raças sendo ligeiramente menos dotadas. Essas raças secundárias são as dos povos que acabam ausentes em certos mundos; são as raças que foram exterminadas em muitos outros. É um infortúnio que, em Urântia, tenhais perdido, em grande escala, os homens azuis superiores, excetuando no que eles perduram na vossa miscigenada “raça branca”. A perda das vossas linhagens alaranjadas e verdes não é tão preocupante.
A evolução de seis—ou de três—raças coloridas, ainda que possa parecer uma deterioração dos dons originais do homem vermelho, proporciona algumas variações bastante desejáveis nos tipos mortais, e dá expressão a diversos potenciais humanos que, de outro modo, seriam inalcançáveis. Essas modificações se fazem benéficas ao progresso da humanidade, como um todo, desde que sejam posteriormente elevadas pela importação da raça Adâmica ou violeta. Em Urântia, esse plano usual de miscigenação não foi levado até onde devia; e tal fracasso em executar o plano de evolução da raça torna impossível para vós compreenderdes, apenas observando os remanescentes dessas raças primitivas no vosso mundo, o suficiente sobre o status alcançado por esses povos em um planeta habitado normal.
Na primeira fase do desenvolvimento racial, há uma ligeira tendência de os homens vermelhos, amarelos e azuis se mesclarem entre si; e uma tendência semelhante de que as raças alaranjadas, verdes e as de cor índigo também se mesclem entre si.
Os humanos mais atrasados são, geralmente, empregados como trabalhadores, pelas raças de mais progresso. Isso explica a origem da escravatura nos planetas, durante as idades iniciais. Os homens alaranjados, geralmente, são dominados pelos vermelhos e reduzidos ao status de servos—sendo algumas vezes exterminados. Os homens amarelos e os vermelhos freqüentemente confraternizam entre si, mas não sempre. A raça amarela geralmente escraviza a verde, enquanto os homens azuis dominam os índigos. Essas raças de homens primitivos, ao utilizarem os serviços dos seus companheiros mais atrasados, em tarefas obrigatórias, não pensam neles mais do que os urantianos o fazem ao comprarem e venderem cavalos e gado.
Na maioria dos mundos normais a servidão involuntária não sobrevive à dispensação do Príncipe Planetário, ainda que os deficientes mentais e delinqüentes sociais sejam, muitas vezes, compelidos ao trabalho involuntário; mas, em todas as esferas normais, essa espécie de escravidão primitiva é abolida logo depois da chegada da raça Adâmica, ou violeta, importada.
Essas seis raças evolucionárias estão destinadas a se misturarem e se elevarem pela miscigenação com a progênie dos elevadores Adâmicos. Todavia, antes da amalgamação desses povos, os povos inferiores e os inaptos são amplamente eliminados. O Príncipe Planetário e o Filho Material, junto com as outras autoridades planetárias indicadas, decidem sobre a aptidão das linhas de reprodução. A dificuldade de executar um programa radical como esse em Urântia consiste na ausência de juízes competentes para decidir sobre a aptidão biológica, ou inaptidão, dos indivíduos das raças do vosso mundo. Apesar desse obstáculo, quer parecer que deveríeis tornar-vos capazes de concordar com o fim da confraternização biológica com as vossas cepas mais acentuadamente ineptas, defeituosas, degeneradas e anti-sociais.