Em geral, quando vai para um mundo jovem, um Príncipe Planetário leva consigo, da sede-central do sistema, um grupo de seres ascendentes voluntários. Esses seres ascendentes acompanham o príncipe, como conselheiros e colaboradores, no trabalho inicial de melhoramento da raça. Esse corpo de ajudantes materiais constitui o elo de ligação entre o príncipe e as raças do mundo. Caligástia, o Príncipe de Urântia, dispunha de um corpo de cem desses colaboradores.
Esses assistentes voluntários são cidadãos da capital de um sistema, sendo que nenhum deles fusionou-se ainda ao seu Ajustador residente. Os Ajustadores desses servidores voluntários permanecem no seu status de residentes na sede-central do sistema, enquanto os progressores moronciais regressam temporariamente a um estado material anterior.
Os Portadores da Vida, arquitetos da forma, dotam esses voluntários de novos corpos físicos, os quais eles ocupam pelo período da sua permanência planetária. Essas formas de personalidade, ainda que isentas das doenças comuns dos reinos, são como os corpos moronciais iniciais, ainda sujeitos a alguns acidentes de natureza mecânica.
A assessoria corporificada do príncipe, via de regra, é retirada do planeta quando do julgamento seguinte, na época da chegada do segundo Filho à esfera. Antes de partir, costumeiramente, eles designam, para as suas várias tarefas, as suas progênies mútuas e alguns voluntários nativos superiores. Nos mundos em que a esses colaboradores do príncipe é permitido acasalarem-se com os grupos superiores das raças nativas, as suas progênies usualmente sucedem a eles.
Esses assistentes do Príncipe Planetário raramente acasalam-se com as raças do mundo, sempre se acasalam entre si. Duas classes de seres resultam dessas uniões: o tipo primário de criaturas intermediárias e alguns tipos elevados de seres materiais, que permanecem agregados ao corpo de assessores do príncipe depois que os seus progenitores são retirados do planeta, na época da chegada de Adão e Eva. Esses filhos não se acasalam com as raças mortais, à exceção dos casos de certas emergências e apenas por um mandado do Príncipe Planetário. Num caso assim, os seus filhos—os netos da assessoria corpórea—têm o mesmo status das raças superiores da sua época e geração. Toda a progênie desses assistentes semimateriais do Príncipe Planetário é de seres resididos por Ajustadores.
Ao fim da dispensação do príncipe, quando chega o momento em que essa “assessoria de reversão” deve retornar à sede-central do sistema, para reassumir sua carreira ao Paraíso, esses seres ascendentes apresentam-se aos Portadores da Vida com o propósito de entregar os seus corpos materiais. Eles entram no sono de transição e despertam livres das suas vestimentas mortais e envoltos nas suas formas moronciais, prontos para o transporte seráfico que os devolverá à capital do sistema, onde os seus Ajustadores, separados deles, os aguardam. Eles ficam atrasados, uma dispensação inteira, em relação à sua classe de Jerusém, mas ganham uma experiência única e extraordinária, um capítulo raro na carreira de um mortal ascendente.