O Príncipe Planetário e os seus irmãos assistentes representam a forma personalizada por meio da qual o Filho Eterno do Paraíso pode aproximar-se, o mais perto possível (encarnação à parte), das criaturas inferiores do tempo e do espaço. É bem verdade que o Filho Criador alcança as criaturas dos reinos por intermédio do seu espírito, todavia, o Príncipe Planetário é a última das ordens de Filhos pessoais, que se estende desde o Paraíso até os filhos dos homens. O Espírito Infinito chega até bem próximo dos filhos dos homens, nas pessoas dos guardiães do destino e outros seres angélicos; o Pai Universal vive no homem por meio da presença pré-pessoal dos Monitores Misteriosos; mas o Príncipe Planetário representa o último esforço do Filho Eterno, e dos seus Filhos, para aproximar-se de vós. Num mundo recém-habitado, o Príncipe Planetário é o único representante da divindade completa, originário do Filho Criador (que é uma progênie direta do Pai Universal e do Filho Eterno) e da Ministra Divina (a Filha, no universo, do Espírito Infinito).
O príncipe de um mundo recém-habitado é cercado de um corpo de ajudantes leais e de assistentes, bem como de um número grande de espíritos ministradores. Contudo, o corpo diretor desses novos mundos deve ser composto das ordens mais baixas dos administradores de um sistema, a fim de que seja inatamente compassivo e compreensivo para com os problemas e as dificuldades do planeta. E todo esse esforço de prover um governo compassivo para os mundos evolucionários envolve um risco crescente de que essas personalidades quase humanas possam ser desviadas da vontade dos Governantes Supremos, quando em uma exaltação das suas próprias mentes.
Pelo fato de estarem completamente sós, como representantes da divindade, nos planetas individuais, esses Filhos são severamente testados; mas Nébadon tem sofrido os infortúnios de várias rebeliões. Na criação dos Soberanos dos Sistemas e Príncipes Planetários, ocorre a personalização de um conceito que já se afastou em muito do Pai Universal e do Filho Eterno; e, assim, há o perigo crescente da perda do sentido de proporção, quanto à auto-importância; e isso gera uma possibilidade maior de fracasso ao manter um controle adequado dos valores e relações entre as inúmeras ordens de seres divinos e as suas gradações de autoridade. O fato de que o Pai não esteja pessoalmente presente nos universos locais também impõe, a todos esses Filhos, uma certa provação de fé e de lealdade.
Não é freqüente, todavia, que tais príncipes dos mundos falhem nas suas missões de organizar e administrar as esferas habitadas; e o êxito deles facilita em muito as missões subseqüentes, dos Filhos Materiais, que vêm para imprimir, nos homens primitivos dos mundos, as formas mais elevadas de vida da criatura. O governo deles também realiza muito para preparar os planetas para os Filhos de Deus do Paraíso, os quais, subseqüentemente, vêm com o fito de julgar os mundos e inaugurar as dispensações sucessivas.