O homem mortal dificilmente pode esperar ter mais do que um conceito exíguo e distorcido das funções dos reprodutores celestes, as quais devo tentar ilustrar por meio do simbolismo grosseiro e limitado da vossa linguagem material. O mundo espiritual-moroncial tem mil e uma coisas de valor supremo, coisas dignas de serem reproduzidas, mas desconhecidas em Urântia; experiências que pertencem à categoria de atividades que dificilmente teriam “entrado na mente do homem”, as realidades que Deus possui, à espera daqueles que sobrevivem à vida na carne.
Há sete grupos de reprodutores celestes, e o meu intento é ilustrar o seu trabalho por meio da classificação seguinte:
1. Os cantores—harmonizadores que reiteram as harmonias específicas do passado e interpretam as melodias do presente. Tudo isso, porém, é efetuado no nível moroncial.
2. Os trabalhadores da cor—a esses artistas da luz e sombra, poderíeis chamar de desenhistas e pintores; artistas que preservam as cenas passageiras e os episódios transitórios para o prazer moroncial futuro.
3. Os cineastas da luz—os realizadores das preservações de fenômenos semi-espirituais reais para os quais a cinematografia seria uma ilustração muito grosseira.
4. Os encenadores históricos—aqueles que reproduzem com dramaticidade os eventos cruciais dos registros e história do universo.
5. Os artistas proféticos—aqueles que projetam os significados da história ao futuro.
6. Os contadores da história da vida—aqueles que perpetuam o sentido e significados da experiência da vida. A projeção de experiências pessoais presentes, em valores de realização futura.
7. Os intérpretes administrativos—aqueles que descrevem o significado da filosofia governamental e a técnica administrativa, os dramaturgos celestes da soberania.
Muito freqüente e efetivamente, os reprodutores celestes colaboram com os diretores de retrospecção, combinando a recapitulação da memória com certas formas de descanso para a mente e recreio para a personalidade. Antes dos conclaves moronciais e assembléias do espírito, esses reprodutores, algumas vezes, agrupam-se para realizar espetáculos dramáticos extraordinários, representativos dos propósitos de tais encontros. Recentemente, testemunhei uma apresentação bastante assombrosa, na qual mais de um milhão de atores produziram uma sucessão de mil cenas.
Os mestres intelectuais superiores e os ministros transitórios utilizam esses vários grupos de reprodutores, livre e efetivamente, nas suas atividades educacionais moronciais. Mas nem todos os esforços deles se dedicam a ilustrações transitórias; uma grande parte, bastante grande mesmo, do seu trabalho é de natureza permanente e irá permanecer para sempre como um legado para todos os tempos futuros. Tão versáteis são esses artesãos, quando funcionam em massa, que se tornam capazes de reencenar uma idade e, em colaboração com os ministros seráficos, de fato, podem retratar os valores eternos do mundo espiritual para os espectadores mortais do tempo.