Em cada sistema local de mundos habitados em Nébadon, há uma única esfera na qual os Melquisedeques têm funcionado como portadores da vida. Essas moradas são conhecidas como os mundos midsonitas do sistema, e, em cada um desses mundos, um Filho Melquisedeque, materialmente modificado, acasalou-se com uma Filha escolhida da ordem material de filiação. As Mães-Evas desses mundos midsonitas são enviadas do centro-sede do sistema da jurisdição, tendo sido escolhidas pelo portador da vida Melquisedeque designado, dentre as inúmeras voluntárias que responderam ao chamado do Soberano do Sistema dirigido às Filhas Materiais da sua esfera.
A progênie de um portador Melquisedeque da vida e de uma Filha Material é conhecida como midsonita. O Pai Melquisedeque dessa raça de criaturas supernas finalmente deixa o planeta da sua função única de vida, e a Mãe-Eva dessa ordem especial de seres do universo também parte, quando do aparecimento da sétima geração da sua progênie planetária. A direção desse mundo então é passada ao seu filho mais velho.
As criaturas midsonitas vivem e funcionam como seres reprodutores nos seus magníficos mundos até que cheguem aos mil anos-padrão; quando então são transladadas por transporte seráfico. Os midsonitas são seres que não se reproduzem mais, daí em diante, porque a técnica de desmaterialização, pela qual eles passam na sua preparação para enserafinar-se, priva-os para sempre das prerrogativas de reprodução.
O status atual desses seres dificilmente pode ser qualificado seja como mortal ou imortal; e também não podem ser definitivamente classificados como humanos, nem como divinos. Essas criaturas não são resididas por Ajustadores e, portanto, dificilmente seriam imortais. Mas elas também não parecem ser mortais; nenhum midsonita alguma vez experienciou a morte. Todos os midsonitas nascidos em Nébadon até hoje estão vivos, funcionando nos seus mundos de nascimento, em alguma esfera intermediária ou na esfera midsonita de Sálvington, nos grupos de mundos dos finalitores.
Os Mundos dos Finalitores de Sálvington. Os portadores Melquisedeques da vida, bem como as Mães-Evas agregadas a eles, partem das esferas midsonitas do sistema em direção aos mundos dos finalitores do circuito de Sálvington, onde a sua progênie também está destinada a se reunir.
Com relação a isso, deve ser explicado que o quinto grupo dos sete mundos primários, nos circuitos de Sálvington, são os mundos dos finalitores de Nébadon. Os filhos dos portadores Melquisedeques da vida e das Filhas Materiais estão domiciliados no sétimo mundo dos finalitores, a esfera midsonita de Sálvington.
Os satélites dos sete mundos primários dos finalitores são o ponto de encontro das personalidades do superuniverso e do universo central, e podem estar cumprindo missões em Nébadon. Embora os mortais ascendentes transitem livremente em todos os mundos culturais e esferas de aperfeiçoamento dos 490 mundos que compreendem a Universidade Melquisedeque, há certas escolas especiais e inúmeras zonas de restrição nas quais não têm permissão de entrar. Isto é verdadeiro especialmente com relação às quarenta e nove esferas sob a jurisdição dos finalitores.
O propósito das criaturas midsonitas não é ainda conhecido até este momento; aparentemente, todavia, essas personalidades estão-se reunindo no sétimo mundo dos finalitores em preparação para alguma eventualidade futura na evolução do universo. As nossas indagações a respeito das raças midsonitas são sempre dirigidas aos finalitores; estes porém, continuadamente, recusam-se a discutir o destino dos seus pupilos. Independentemente da nossa incerteza quanto ao futuro dos midsonitas, sabemos que todos os universos locais de Orvônton abrigam um corpo, em acumulação crescente, desses seres misteriosos. É crença dos portadores Melquisedeques da vida que os seus filhos midsonitas algum dia serão dotados, por Deus, o Último, com o espírito transcendental e eterno da absonitude.