Próximo da satisfação suprema da adoração está o regozijo da filosofia. Nunca chegareis a subir tão alto, ou a avançar até tão à frente, a ponto de não restarem mil mistérios que demandem o emprego da filosofia para uma tentativa de solução.
Os Mestres filósofos do Paraíso deliciam-se em guiar a mente dos seus habitantes, tanto a dos nativos como a dos que ascenderam, na busca jubilosa de tentar solucionar os problemas do universo. Esses mestres superáficos da filosofia são “homens sábios do céu”, seres do saber que fazem uso da verdade do conhecimento e fatos da experiência nos seus esforços para ter a mestria do desconhecido. Com eles, o conhecimento atinge a verdade, e a experiência ascende à sabedoria. No Paraíso, as personalidades ascendentes do espaço experimentam o ponto mais elevado do ser: têm conhecimento; conhecem a verdade; e podem filosofar—pensar a verdade—; eles podem até mesmo procurar abranger os conceitos do Último e intentar compreender as técnicas dos Absolutos.
Na extremidade sul dos vastos domínios do Paraíso, os Mestres da filosofia conduzem cursos aprofundados sobre as setenta divisões funcionais da sabedoria. Ali, discorrem sobre os planos e propósitos da Infinitude e procuram coordenar as experiências e compor o conhecimento de todos aqueles que têm acesso à sua sabedoria. Eles desenvolveram uma atitude altamente especializada para com os vários problemas do universo, mas as suas conclusões finais são sempre obtidas na uniformidade do consenso.
Esses filósofos do Paraíso ensinam por meio de todos os métodos possíveis de instrução, incluindo a mais alta técnica gráfica de Havona e certos métodos do Paraíso de comunicar a informação. Todas as mais elevadas técnicas de compartilhar o conhecimento e transmissão de idéias estão muito além da capacidade de compreensão da mente humana, até mesmo das mais altamente desenvolvidas. Uma hora de instrução no Paraíso seria equivalente a dez mil anos dos métodos urantianos de palavra-memória. Vós não podeis apreender tais técnicas de comunicação, e não há simplesmente nada, na experiência mortal, a que elas possam ser comparadas, nada a que possam assemelhar-se.
Os mestres da filosofia têm um prazer supremo de compartilhar a sua interpretação do universo dos universos com os seres que ascenderam dos mundos do espaço. E, conquanto a filosofia possa nunca estar firme, nas suas conclusões, tanto quanto os fatos do conhecimento e verdades da experiência, ainda assim, quando houverdes escutado esses supernafins primários discorrendo sobre os problemas não resolvidos da eternidade e sobre as atuações dos Absolutos, vós sentireis uma satisfação certa e duradoura a respeito das questões ainda em aberto.
Tais buscas intelectuais do Paraíso não são teledifundidas; a filosofia da perfeição está disponível apenas para aqueles que se encontram pessoalmente presentes. As criações que giram à volta do Paraíso ficam sabendo desses ensinamentos apenas por intermédio dos que passaram por essa experiência e que, subseqüentemente, levaram tal sabedoria até os universos do espaço.