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Os Filhos Trinitarizados de Deus

9. Os Guardiães Celestes

22:9.1

Os filhos trinitarizados por criaturas são abraçados pela Trindade do Paraíso em classes de sete mil. Essa progênie trinitarizada de humanos perfeccionados e personalidades do Paraíso-Havona são todos igualmente abraçados pelas Deidades; todavia, são designados para os superuniversos, de acordo com a recomendação dos seus antigos instrutores, os Filhos Instrutores da Trindade. Aqueles que prestaram os melhores serviços são indicados como Assistentes dos Filhos Elevados; aqueles que tiveram atuações menos distinguidas são designados Guardiães Celestes.

22:9.2

Esses seres singulares, quando houverem sido abraçados pela Trindade, tornar-se-ão adjuntos valiosos dos governos dos superuniversos. Eles são versados nos assuntos da carreira ascendente, não por ascensão pessoal, mas em conseqüência do seu serviço junto aos Filhos Instrutores da Trindade nos mundos do espaço.

22:9.3

Quase um bilhão desses Guardiães Celestes está em missões em Orvônton. Eles são designados, principalmente, às administrações dos Perfeições dos Dias, nas sedes-centrais dos setores maiores, e são competentemente assistidos por um corpo de mortais ascendentes fusionados ao Filho.

22:9.4

Os Guardiães Celestes são os oficiais das cortes dos Anciães dos Dias, funcionando como mensageiros das cortes e portadores das citações e decisões dos vários tribunais dos governos dos superuniversos. São agentes de apreensão dos Anciães dos Dias; eles partem de Uversa, em busca de seres cuja presença esteja sendo requisitada perante os juízes dos superuniversos; executam os mandados para a detenção de qualquer personalidade no superuniverso. Eles também acompanham os mortais dos universos locais, fusionados ao Espírito, quando, por qualquer razão, a sua presença é requisitada em Uversa.

22:9.5

Os Guardiães Celestes e seus colaboradores, os Assistentes dos Filhos Elevados, nunca foram resididos por Ajustadores. E também não são fusionados nem ao Espírito nem ao Filho. O abraço da Trindade do Paraíso compensa, todavia, por tudo no status de não-fusão desses Filhos Trinitarizados de Perfeição. O abraço da Trindade pode atuar apenas sobre a idéia que é personificada em um filho trinitarizado-por-criatura, deixando inalterado, sob os demais aspectos, o próprio filho abraçado; tal limitação, todavia, ocorre apenas quando assim planejada.

22:9.6

Tais filhos, trinitarizados duplamente, são seres maravilhosos, mas não são nem tão versáteis ou tão confiáveis quanto os seus elaboradores ascendentes; falta-lhes a grande e profunda experiência pessoal que o restante dos filhos pertencentes a esse grupo adquiriu, escalando, factualmente, desde os domínios escuros do espaço até alcançarem glorificação. Nós, da carreira ascendente, os amamos e fazemos tudo, dentro da nossa capacidade, para compensar as suas deficiências; e eles fazem-nos ficar mais gratos ainda por causa da nossa origem inferior e da nossa capacidade de experienciar. A sua disposição para reconhecer e demonstrar as próprias deficiências quanto às realidades experienciáveis da ascensão no universo é transcendentalmente bela e, algumas vezes, mesmo, comovedoramente patética.

22:9.7

Os Filhos Trinitarizados de Perfeição são limitados, se comparados a outros filhos abraçados pela Trindade, porque a sua capacidade experiencial é inibida tempo-espacialmente. Eles se ressentem da deficiência de experiência, a despeito do longo aperfeiçoamento com os Executivos Supremos e com os Filhos Instrutores, e, se não fosse isso, a saturação experiencial poderia impedir que esses seres ficassem deixados em reserva até adquirirem experiência em uma futura era do universo. Não há simplesmente nada, em toda a existência universal, que possa tomar o lugar da experiência pessoal de fato, e esses filhos trinitarizados por criaturas são mantidos na reserva para exercerem funções experienciais em alguma época futura do universo.

22:9.8

Nos mundos das mansões, não raro, tenho visto esses funcionários dignificados das altas cortes do superuniverso contemplarem, desejosa e apelativamente, até mesmo os recém-chegados dos mundos evolucionários do espaço. E não se poderia deixar de perceber como esses possuidores de uma trinitarização não experiencial invejam realmente os seus irmãos, supostamente menos afortunados, que ascenderam no caminho universal, por meio de passos dados, com boa-fé, na experiência e na vivência factual. Apesar das suas dificuldades e limitações, formam um corpo de trabalhadores maravilhosamente útil e sempre disposto, quando se trata da execução dos planos administrativos complexos dos governos dos superuniversos.


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