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Documento 175
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O Último Discurso no Templo

3. A Fatídica Reunião do Sinédrio

175:3.1

A mais fatídica reunião do sinédrio foi convocada para as oito horas dessa noite de terça-feira. Em muitas ocasiões anteriores, essa corte suprema da nação judaica havia informalmente decretado a morte de Jesus. Muitas vezes esse augusto corpo dirigente havia determinado colocar um paradeiro na sua obra, mas nunca antes haviam eles resolvido colocá-lo na prisão e provocar a sua morte a todo e qualquer custo. Era um pouco antes da meia-noite dessa terça-feira, 4 de abril, do ano 30 a.C., quando o sinédrio, como estava então constituído, votou, unânime e oficialmente, decidindo impor a sentença de morte tanto a Jesus quanto a Lázaro. Essa foi a resposta ao último apelo do Mestre aos dirigentes dos judeus, e tal apelo havia sido feito no templo, por ele, apenas umas poucas horas antes, e representava a reação de ressentimento amargo, deles, para com a última acusação vigorosa de Jesus a esses mesmos sacerdotes principais, saduceus e fariseus impenitentes. A aprovação da sentença de morte (antes mesmo do julgamento), dada ao Filho de Deus, era a réplica dada pelo sinédrio à última oferta de misericórdia celeste jamais estendida à nação judaica, como tal.

175:3.2

Desse momento em diante os judeus foram deixados a sós, para que terminassem o seu breve e curto tempo de vida nacional, entre as nações de Urântia, plenamente de acordo com a sua condição puramente humana. Israel havia repudiado o Filho do mesmo Deus que fizera uma aliança com Abraão; e, assim, o plano de fazer dos filhos de Abraão os portadores da luz da verdade para o mundo havia sido abalado. A aliança divina havia sido anulada; e o fim da nação hebraica aproximava-se rapidamente.

175:3.3

Os oficiais do sinédrio receberam a ordem de prender Jesus, cedo, na manhã seguinte; no entanto, com instruções de que ele não deveria ser detido em público. Foi-lhes instruído que planejassem pegá-lo secretamente, de preferência à noite e de maneira repentina. Compreendendo que ele poderia não voltar naquele dia (quarta-feira) para ensinar no templo, eles instruíram a esses oficiais do sinédrio que “o trouxessem perante a alta corte judaica, um pouco antes da meia-noite da quinta-feira”.


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