Há sete formas básicas de coisas vivas e de seres vivos nos mundos de Havona, e cada uma dessas formas básicas existe em três fases distintas. Cada uma dessas três fases é dividida em setenta divisões maiores, e cada divisão maior é composta de mil divisões menores, que têm ainda outras subdivisões, e assim sucessivamente. Essas formas básicas de vida poderiam ser classificadas como se segue:
1. Material.
2. Moroncial.
3. Espiritual.
4. Absonita.
5. Última.
6. Co-absoluta.
7. Absoluta.
A decadência e a morte não são parte do ciclo de vida nos mundos de Havona. No universo central, as coisas viventes mais baixas submetem-se à transmutação da materialização. Elas mudam a forma e a manifestação, mas não se dissolvem pelo processo do declínio, nem da morte celular.
Os nativos de Havona são todos uma progênie da Trindade do Paraíso. Eles não têm progenitores criaturas e são seres que não se reproduzem. Nós não podemos retratar a criação desses cidadãos do universo central, seres que nunca foram criados. Toda a composição da história da criação de Havona é um intento para tempo-espacializar um fato da eternidade que não tem nenhuma relação com o tempo, nem com o espaço, do modo como um mortal os compreende. Todavia, devemos atribuir à filosofia humana um ponto de origem; mesmo as personalidades muito acima do nível humano precisam de um conceito de “começo”. Entretanto, o sistema do Paraíso-Havona é eterno.
Os nativos de Havona vivem espalhados pelo bilhão de esferas do universo central, no mesmo sentido que outras ordens de cidadania permanente habitam as suas respectivas esferas de nascimento. Exatamente como a ordem material de filiação vive na economia material, intelectual e espiritual de um bilhão de sistemas locais, em um superuniverso, também, em um sentido mais amplo, os nativos de Havona vivem e funcionam naquele bilhão de mundos do universo central. Vós poderíeis considerar certamente esses havonianos como criaturas materiais, em um sentido tal que a palavra “material” pudesse ser expandida para descrever as realidades físicas do universo divino.
Há uma vida que é nativa de Havona e que possui significado em si e por si própria. Os havonianos servem, de muitos modos, aos seres que descem vindos do Paraíso e aos que ascendem dos superuniversos, mas eles também vivem vidas que são singulares no universo central e que têm um sentido relativo totalmente independente, seja do Paraíso, seja dos superuniversos.
Assim como a adoração dos filhos de fé dos mundos evolucionários é ministrada para a satisfação do amor do Pai Universal, também a elevada adoração das criaturas de Havona sacia-se nos ideais perfeitos da beleza e da verdade divinas. Tal como o homem mortal cuida de fazer a vontade de Deus, esses seres do universo central vivem para gratificar os ideais da Trindade do Paraíso. Na sua natureza mesma, eles são a vontade de Deus. O homem rejubila-se com a bondade de Deus, os havonianos exultam com a beleza divina, e, tanto vós quanto eles, desfrutam da ministração da liberdade e da verdade viva.
Os havonianos têm destinos opcionais não revelados, tanto presentes quanto futuros. E há, para as criaturas nativas, uma progressão peculiar ao universo central, uma progressão que não inclui ascender ao Paraíso, nem penetrar nos superuniversos. Essa progressão, até a posição do status mais elevado em Havona, pode ser sugerida pelos seguintes passos:
1. Progresso experiencial para fora, do primeiro ao sétimo circuito.
2. Progresso para dentro, do sétimo ao primeiro circuito.
3. Progresso intracircuito—progressão no âmbito dos mundos de um dado circuito ou órbita.
Além dos nativos de Havona, os habitantes do universo central abrangem inúmeras classes de seres que são modelos para vários grupos do universo—conselheiros, diretores e mestres das suas espécies, e para essas espécies, em toda a criação. Todos os seres, em todos os universos, modelam-se pelas linhas de alguma ordem de criatura arquetípica que vive em um dentre aquele bilhão de mundos de Havona. Mesmo os mortais do tempo têm como meta e ideais de existência, enquanto criatura, nesses circuitos externos dessas esferas-modelo das alturas.
E também existem aqueles seres que alcançaram o Pai Universal e que têm o direito de ir e vir, que são designados para aqui e para acolá, nos universos, em missões de serviço especial. E, em cada mundo de Havona, serão encontrados os candidatos à meta, aqueles que fisicamente chegaram ao universo central, mas que ainda não alcançaram o desenvolvimento espiritual que os capacitaria a solicitar residência no Paraíso.
O Espírito Infinito é representado, nos mundos de Havona, por uma hoste de personalidades, seres de graça e glória, que administram, em detalhe, os intrincados assuntos intelectuais e espirituais do universo central. Nesses mundos de perfeição divina, eles fazem o trabalho inato à condução normal dessa imensa criação e, além disso, dão continuidade às múltiplas tarefas de ensinar, treinar e ministrar aos enormes números de criaturas ascendentes que escalaram até a glória, vindos dos mundos escuros do espaço.
Há numerosos grupos de seres nativos do sistema Paraíso-Havona que não estão, de modo algum, diretamente ligados ao esquema de ascensão e aperfeiçoamento da criatura; e que, portanto, são omitidos nessa classificação de personalidades apresentada às raças mortais. Apenas os grupos maiores de seres supra-humanos e as ordens diretamente ligadas à vossa experiência de sobrevivência são apresentados aqui.
Em Havona, a vida de todas as fases de seres inteligentes é abundante; seres que ali procuram avançar, dos circuitos mais baixos aos mais elevados, por meio dos seus esforços para atingir níveis mais elevados de alcance e compreensão da divindade e uma avaliação mais ampla dos significados supremos, dos valores últimos e da realidade absoluta.