O corpo de reserva do destino consiste em homens e mulheres vivos, que foram admitidos no serviço especial da administração supra-humana de assuntos do mundo. Esse corpo é constituído de homens e mulheres de cada geração, escolhidos pelos diretores do espírito deste reino para prestar assistência na condução da ministração da misericórdia e da sabedoria aos filhos do tempo nos mundos evolucionários. É prática geral, na condução dos assuntos dos planos de ascensão, começar essa ligação de utilização de criaturas volitivas mortais, tão logo elas hajam-se tornado competentes e confiáveis para assumir tais responsabilidades. Portanto, tão logo surjam os homens e mulheres no cenário da ação temporal, com capacidade mental suficiente, status moral adequado e a espiritualidade requisitada, eles são rapidamente designados para o grupo celeste apropriado de personalidades planetárias, para serem as ligações humanas, os assistentes mortais.
Quando os seres humanos são escolhidos como protetores do destino planetário, quando se tornam indivíduos-chave nos planos que a administração mundial está levando adiante, nesse momento, o dirigente planetário dos serafins confirma a sua entronização com o corpo seráfico e aponta os guardiães pessoais de destino temporais, para servir a tais mortais reservistas. Todos os reservistas têm Ajustadores autoconscientes, e a maioria deles funciona em círculos cósmicos mais elevados de realização intelectual e de alcance espiritual.
Os mortais do reino são escolhidos para o serviço no corpo de reserva do destino nos mundos habitados, em virtude da:
1. Capacidade especial para ser secretamente treinado para inúmeras missões possíveis de emergência, na conduta de várias atividades dos assuntos do mundo.
2. Dedicação, com plenitude de coração, a alguma causa especial, seja social, econômica, política, espiritual ou outras; e tendo, em acréscimo, disposição de servir, sem reconhecimento, nem recompensas humanas.
3. Posse de um Ajustador do Pensamento com extraordinária versatilidade e com provável experiência anterior a esta de Urântia, de enfrentar as dificuldades planetárias e de lutar em situações de emergência iminente no mundo.
Cada divisão do serviço celeste planetário tem direito a um corpo de ligação, constituído desses mortais do destino. Os mundos habitados médios empregam setenta corpos separados do destino, os quais estão intimamente vinculados à condução supra-humana corrente de assuntos do mundo. Em Urântia, existem doze corpos de reserva do destino, um para cada um dos grupos planetários de supervisão seráfica.
Os doze grupos de reservistas do destino de Urântia são compostos de habitantes mortais da esfera, os quais foram treinados para inúmeras posições cruciais na Terra e são mantidos em prontidão, para atuar em possíveis emergências planetárias. Esse corpo combinado consiste, atualmente, em 962 pessoas. O corpo menor conta com 41, e o maior, com 172 pessoas. À exceção de menos de vinte personalidades de contato, os membros desse grupo exclusivo são inteiramente inconscientes da sua preparação para uma possível atuação em certas crises planetárias. Esses reservistas mortais são escolhidos pelo corpo ao qual eles ficam respectivamente ligados e por ele são treinados e preparados, na sua mente profunda, pela técnica combinada do Ajustador do Pensamento e da ministração do guardião seráfico. Muitas vezes, numerosas outras personalidades celestes participam desse aperfeiçoamento inconsciente e, em toda essa preparação especial, os seres intermediários prestam serviços valiosos e indispensáveis.
Em muitos mundos, as criaturas intermediárias secundárias, mais bem adaptadas, são capazes de atingir níveis variáveis de contato com os Ajustadores do Pensamento de certos mortais favoravelmente constituídos, por meio da penetração habilidosa nas mentes resididas pelos referidos Ajustadores (E foi por meio de uma combinação fortuita, de ajustamentos cósmicos, que estas revelações foram materializadas na língua inglesa, em Urântia.) Tais mortais, com potencial de contato nos mundos evolucionários, são mobilizados pelos numerosos corpos de reserva, e é, até certo ponto, por intermédio desses pequenos grupos de personalidades de visão ampla que a civilização espiritual tem o seu avanço, e os Altíssimos tornam-se capacitados para governar nos reinos dos homens. Os homens e as mulheres desses corpos de reserva do destino têm, pois, vários graus de contato com os seus Ajustadores, por meio da ministração intercedente das criaturas intermediárias; mas tais mortais são pouco conhecidos dos seus companheiros, exceto nessas raras emergências sociais e exigências espirituais em que essas personalidades reservistas funcionam para a prevenção da quebra da cultura evolucionária ou da extinção da luz da verdade viva. Esses reservistas do destino, em Urântia, raramente receberam destaque nas páginas da história humana.
Os reservistas atuam inconscientemente como conservadores da informação planetária essencial. Muitas vezes, diante da morte de um reservista, uma transferência de certos dados vitais da mente do reservista agonizante é feita, para a de um sucessor mais jovem, por meio da ligação dos dois Ajustadores do Pensamento. Os Ajustadores, indubitavelmente, funcionam de muitos outros modos desconhecidos para nós, quando vinculados a esse corpo de reserva.
Em Urântia, o corpo de reserva do destino, mesmo não tendo um dirigente permanente, tem os seus próprios conselhos permanentes que constituem a sua organização de governo. Esta abrange o conselho judiciário, o conselho de historicidade, o conselho de soberania política e ainda outros. De tempos em tempos, de acordo com a organização do corpo, os líderes (mortais) titulares de todo o corpo de reserva têm sido indicados por esses conselhos permanentes para funções específicas. A duração da permanência desses chefes da reserva no cargo é, via de regra, uma questão de poucas horas, ficando limitadas ao cumprimento de alguma tarefa específica à mão.
O corpo de reserva de Urântia teve a sua quantidade de membros mais numerosa nos dias dos adamitas e anditas, baixando de forma constante, com a diluição do sangue violeta, e tendo o seu ponto mais baixo por volta da época de Pentecostes, época desde a qual o número de membros do corpo de reserva tem crescido de modo contínuo.
(O corpo cósmico de reserva de cidadãos conscientes do universo, em Urântia, conta atualmente com mais de mil mortais, cujo discernimento interno de cidadania cósmica transcende, em muito, à esfera do seu âmbito terrestre, mas estou proibido de revelar a natureza verdadeira da função deste grupo único de seres humanos vivos.)
Os mortais de Urântia não deveriam permitir que o relativo isolamento do vosso mundo, em relação a certos circuitos do universo local, produza um sentimento de deserção cósmica, nem de orfandade planetária. Há, em operação no planeta, uma supervisão supra-humana muito eficiente e definida para os assuntos do mundo e dos destinos humanos.
É bem verdade, contudo, que, na melhor das hipóteses, vós podeis ter uma idéia apenas limitada do que seria um governo planetário ideal. Desde os tempos iniciais do Príncipe Planetário, Urântia tem sofrido com o desvio do plano divino de crescimento do mundo e de desenvolvimento racial. Os mundos habitados de Satânia, que se mantiveram leais, não são governados como Urântia o é. Contudo, comparados a outros mundos isolados, os vossos governos planetários não têm sido absolutamente tão inferiores; em um ou dois mundos pode o governo ser pior e em uns poucos outros ser ligeiramente melhor, mas a maioria está em um plano de igualdade convosco.
Ninguém no universo local parece saber quando terminará o status não estabelecido da administração planetária. Os Melquisedeques de Nébadon estão inclinados a opinar que pouca mudança ocorrerá no governo e na administração do planeta, até a segunda chegada pessoal de Michael, em Urântia. Indubitavelmente nessa época, se não antes, mudanças enormes serão efetuadas na administração do planeta. Contudo, quanto à natureza de tais modificações nessa administração do mundo, ninguém parece ser capaz, nem mesmo de conjecturar. Não há precedente, para esse episódio, em toda a história dos mundos habitados do universo de Nébadon. Entre as muitas coisas que tornam difícil de compreender qualquer coisa sobre o futuro governo de Urântia, uma das mais importantes tornou-se a localização, no planeta, de um circuito e de uma sede-central divisional de arcanjos.
O vosso mundo isolado não está esquecido, nos conselhos do universo. Urântia não é um órfão cósmico estigmatizado pelo pecado e sem acesso ao cuidado divino, em conseqüência da rebelião. De Uversa a Sálvington, e até abaixo, em Jerusém, mesmo em Havona e no Paraíso, todos sabem que estamos aqui; e vós, mortais, ora residindo em Urântia, estais sendo tão ternamente amados e tão fielmente cuidados, que é como se a esfera nunca houvesse sido traída por um Príncipe Planetário, e mesmo até mais. É eternamente verdadeiro que “o Pai, Ele próprio, vos ama”.
[Apresentado pelo Comandante dos Serafins, estacionado em Urântia.]
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