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As Raças na Aurora do Homem Primitivo

2. Os Mamíferos Precursores do Homem

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Há pouco mais de um milhão de anos, os mamíferos precursores da Mesopotâmia, os descendentes diretos dos tipos lemurianos de mamíferos placentários norte-americanos, subitamente apareceram. Eles eram pequenas criaturas bastante ativas, de quase um metro de altura; e, se bem que não andassem habitualmente com as suas duas pernas traseiras, eles podiam facilmente permanecer eretos. Eram peludos e ágeis, e chilreavam à moda dos macacos; mas, diferentemente dos símios, eram carnívoros. Tinham um polegar primitivo opositivo, bem como um grande dedo do pé altamente útil para agarrar. Desse ponto em diante, as espécies pré-humanas desenvolveram sucessivamente o polegar opositivo, na medida em que perderam progressivamente o poder de agarrar do grande dedo do pé. As tribos posteriores de macacos mantiveram a capacidade preênsil do dedo grande do pé, mas nunca desenvolveram o tipo humano de polegar.

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Esses mamíferos precursores atingiam o crescimento pleno aos três ou quatro anos de idade, tendo uma longevidade potencial média de cerca de vinte anos. Em geral a sua progênie constituía-se de um único filho, embora gêmeos também nascessem ocasionalmente.

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Os membros dessa nova espécie tinham os maiores cérebros, em relação ao seu tamanho, entre todos os animais que haviam até então existido na Terra. Eles experimentaram muitas emoções e compartilhavam numerosos instintos, que, mais tarde, caracterizaram os homens primitivos; sendo altamente curiosos e demonstrando uma alegria considerável quando tinham êxito em qualquer ação. O apetite pelos alimentos e o desejo sexual eram bem desenvolvidos, e uma seleção sexual bem definida era manifestada em uma forma tosca de cortejo e de escolha dos companheiros. Eles lutariam ferozmente em defesa dos seus companheiros e eram bastante ternos nas associações de família, possuindo um senso de abnegação e de humildade que beirava a vergonha e o remorso. Eles eram muito afetivos e leais em relação aos seus parceiros, e de um modo tocante; mas, caso as circunstâncias os separassem, eles escolheriam novos parceiros.

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De estatura pequena e mentes aguçadas para avaliar os perigos do seu habitat na floresta, eles desenvolveram um medo extraordinário que os levou àquelas sábias medidas de precaução que contribuíram tão enormemente para a sua sobrevivência, tais como a construção de toscos abrigos que faziam nos topos altos das árvores, o que eliminava muitos dos perigos da vida no nível do solo. O começo das tendências para o medo, que a humanidade possui, data bem especificamente desses dias.

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Esses mamíferos precursores desenvolveram um espírito tribal como nunca antes existira. Eles eram, de fato, altamente gregários, sendo, no entanto, excessivamente agressivos, quando de algum modo perturbados nas buscas comuns da sua vida rotineira, e demonstravam temperamentos furiosos se a sua raiva fosse totalmente despertada. As suas naturezas belicosas, contudo, serviram a um bom propósito; grupos superiores não hesitavam em fazer guerra aos seus vizinhos inferiores e, assim, por meio da sobrevivência seletiva, a espécie foi melhorada progressivamente. Muito cedo, esses lêmures dominaram a vida das criaturas menores dessa região, e pouquíssimas das tribos mais antigas de símios não carnívoros sobreviveram.

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Esses agressivos pequenos animais multiplicaram-se e espalharam-se pela península da Mesopotâmia durante mais de mil anos, aperfeiçoando-se constantemente em tipo físico e inteligência em geral. Exatamente setenta gerações depois que essa nova tribo havia sido originada do mais elevado tipo de ancestral lemuriano, chegou a próxima época de desenvolvimento—a súbita diferenciação dos ancestrais nesse novo passo vital de evolução dos seres humanos de Urântia.


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