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A Estada em Tiro e Sidom

6. O Regresso da Fenícia

156:6.1

Por volta do meio-dia de domingo, 24 de julho, Jesus e os doze deixaram a casa de José, no sul de Tiro, indo até Ptolemais, pela costa. E permaneceram lá, por um dia, dizendo palavras confortantes ao grupo de crentes residentes naquele local. Pedro pregou a eles na noite de 25 de julho.

156:6.2

Na terça-feira, deixaram Ptolemais, indo para o interior a leste até perto de Jotapata, pela estrada de Tiberíades. Na quarta-feira, pararam em Jotapata e deram aos crentes novas instruções sobre as coisas do Reino. Na quinta-feira, deixaram Jotapata, indo para o norte, pela trilha de Nazaré, ao monte Líbano e até a aldeia de Zebulom, passando por Ramá. Realizaram encontros em Ramá, na sexta-feira, e ficaram lá para o sábado. Chegaram a Zebulom, no domingo, dia 31, fazendo uma reunião nessa noite e partindo na manhã seguinte.

156:6.3

Deixando Zebulom, viajaram para o entroncamento com a estrada Magdala-Sidom, perto de Giscala, e dali tomaram o caminho de Genesaré, na costa oeste do lago da Galiléia, ao sul de Cafarnaum, onde haviam marcado de encontrar-se com Davi Zebedeu, e onde tinham a intenção de aconselhar-se quanto ao próximo passo a ser dado, no trabalho de pregar o evangelho do Reino.

156:6.4

Durante uma breve conversa com Davi eles souberam que muitos líderes estavam, então, reunidos no lado oposto do lago, perto de Queresa e, desse modo, naquela mesma tarde, um barco levou-os ao outro lado. Por um dia, descansaram tranqüilamente nas colinas, indo, no dia seguinte, para o parque perto dali, onde o Mestre certa vez havia alimentado cinco mil pessoas. Ali, descansaram por três dias e fizeram conferências diárias, as quais foram presenciadas pelos cinqüenta homens e mulheres remanescentes daquele que havia sido o numeroso grupo de crentes residentes em Cafarnaum e arredores.

156:6.5

Enquanto Jesus esteve ausente de Cafarnaum e da Galiléia, no período da estada na Fenícia, os seus inimigos estimaram que todo o movimento havia sido desmembrado, e, concluíram que a pressa de Jesus, de retirar-se, indicava que ele estava tão profundamente amedrontado que, provavelmente, não voltaria para incomodá-los. Toda a oposição ativa aos ensinamentos do Mestre havia diminuído. Os crentes estavam começando a ter encontros públicos novamente, e ocorria uma consolidação gradual, mas efetiva, dos sobreviventes verdadeiros, testados na grande filtragem pela qual os crentes no evangelho tinham acabado de passar.

156:6.6

Filipe, irmão de Herodes, havia-se tornado um crente, todavia ainda pouco convicto, de Jesus, mas mesmo assim mandou dizer que o Mestre estava livre para viver e trabalhar nos seus domínios.

156:6.7

O mandado, de fechar as sinagogas do mundo judeu, aos ensinamentos de Jesus e todos os seus seguidores, havia funcionado adversamente para os escribas e fariseus. Imediatamente depois que Jesus, objeto da controvérsia, havia-se retirado, adveio uma reação em meio ao povo judeu; surgiu um ressentimento geral contra os líderes fariseus e o sinédrio em Jerusalém. Muitos dos dirigentes das sinagogas começaram sub-repticiamente a abrir as suas sinagogas para Abner e seus condiscípulos, alegando que esses instrutores eram seguidores de João e não discípulos de Jesus.

156:6.8

Até mesmo Herodes Antipas experimentou uma mudança de sentimentos, tanto que, ao tomar conhecimento de que Jesus permanecia no outro lado do lago, no território do seu irmão Filipe, fez saber a este que, embora houvesse assinado o mandado da prisão de Jesus na Galiléia, não havia comandado a prisão dele na Peréia, indicando assim que o Mestre não seria molestado, se permanecesse fora da Galiléia; e comunicou esse mesmo comando aos judeus, em Jerusalém.

156:6.9

E essa era a situação por volta do dia primeiro de agosto, do ano 29 d.C., quando o Mestre retornou da missão na Fenícia e começou a reorganização das suas forças desmembradas e exauridas, e provadas, pois, para esse memorável último ano da sua missão na Terra.

156:6.10

Os motivos da batalha ficam claramente definidos, enquanto o Mestre e os seus colaboradores preparam-se para iniciar a proclamação de uma nova religião, a religião do espírito do Deus vivo que reside nas mentes dos homens.


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