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Os Níveis de Realidade no Universo

A Associação Primária de Funcionais Finitos  •  A Integração Secundária Finita Suprema  •  A Associação Terciária Transcendental da Realidade  •  A Integração Quaternária Última  •  A Associação Co-absoluta ou de Quinta Fase  •  A Integração Absoluta ou de Sexta Fase  •  A Finalidade do Destino  •  A Trindade das Trindades  •  A Unificação Existencial Infinita

NÃO É suficiente que o mortal ascendente deva saber alguma coisa sobre as relações da Deidade com a gênese e as manifestações da realidade cósmica; ele deveria também compreender alguma coisa das relações existentes entre ele próprio e os inúmeros níveis das realidades existenciais e experienciais, das realidades potenciais e factuais. A orientação terrestre do homem, o seu discernimento cósmico e o seu direcionamento espiritual, todos se elevam mais por meio de uma compreensão melhor das realidades do universo e suas técnicas de interassociação, integração e unificação.

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O grande universo atual e o universo-mestre que está surgindo são feitos de muitas formas e fases de realidade, as quais, por sua vez, existem em vários níveis de atividade funcional. Esses múltiplos “existentes” e “latentes” têm sido sugeridos previamente nestes documentos, e agora passam a ser agrupados, por conveniência conceitual, nas categorias seguintes:

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1. Finitos incompletos. Este é o status presente das criaturas ascendentes do grande universo, o estado presente dos mortais de Urântia. Esse nível abrange a existência da criatura, desde os humanos planetários até os finalitores, ou que atingiram o destino, sem incluir estes últimos. Diz respeito aos universos, desde os seus começos físicos, até o estabelecimento em luz e vida, mas não inclui esse estágio. Esse nível constitui a periferia presente da atividade criativa, no tempo e no espaço. Parece estar movendo-se para fora do Paraíso, para o fechamento da presente idade do universo, que irá testemunhar a realização do grande universo em luz e vida; e irá também, e certamente, testemunhar o surgimento de alguma nova ordem de crescimento, de desenvolvimento, no primeiro nível do espaço exterior.

106:0.4

2. Finitos máximos. Este é o estado presente de todas as criaturas experienciais que atingiram o destino—o destino enquanto revelado dentro do escopo da presente idade do universo. Mesmo os universos podem atingir o máximo em status, tanto espiritual quanto fisicamente. Mas o termo “máximo” é, em si mesmo, um termo relativo—máximo em relação a quê? E aquilo que o máximo é, aparentemente o máximo final, na presente idade do universo, pode não ser nada mais do que o verdadeiro começo, em termos das idades futuras. Algumas fases de Havona parecem estar na ordem máxima.

106:0.5

3. Transcendentais. Este nível suprafinito (antecedentemente) segue uma progressão finita. Ele implica a gênese prefinita dos começos finitos e a significância pós-finita de todos os fins aparentes finitos, ou destinos. Grande parte do Paraíso-Havona parece ser da ordem transcendental.

106:0.6

4. Últimos. Este nível engloba o que for de significância para o nível do universo-mestre e impinge-se ao nível do destino do universo-mestre completo. O Paraíso-Havona (especialmente o circuito dos mundos do Pai) é, sob muitos pontos de vista, de significação última.

106:0.7

5. Co-absolutos. Este nível implica a projeção de experienciais em um campo de expressão criativa que é superior ao universo-mestre.

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6. Absolutos. Este nível conota a presença, na eternidade, dos sete Absolutos existenciais. Pode também englobar algum grau de realização associativa experiencial, no entanto, se assim for, ficamos sem entender como possa ser; talvez por intermédio de um contato potencial de personalidade.

106:0.9

7. Infinitude. Este nível é preexistencial e pós-experiencial. A unidade inqualificável da infinitude é uma realidade hipotética, anterior a todos os começos e após todos os destinos.

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Esses níveis de realidade são símbolos, do compromisso de conveniência da idade atual do universo, e, da perspectiva dos mortais. Há um sem número de outros modos de ver a realidade da perspectiva não-mortal e do ponto de vista de outras idades do universo. Assim, deveria ser reconhecido que os conceitos aqui apresentados são inteiramente relativos; e relativos no sentido de serem condicionados e limitados:

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1. Pelas limitações da linguagem dos mortais.

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2. Pelas limitações da mente mortal.

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3. Pelo desenvolvimento limitado dos sete superuniversos.

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4. Pela vossa ignorância dos seis propósitos primordiais do desenvolvimento do superuniverso, no que não é pertinente à ascensão dos mortais ao Paraíso.

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5. Pela vossa incapacidade de compreender um ponto de vista da eternidade, ainda que de modo parcial.

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6. Pela impossibilidade de retratar a evolução cósmica e o destino com relação a todas as idades do universo, e não apenas com respeito à idade presente do desdobrar evolucionário dos sete superuniversos.

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7. Pela incapacidade que qualquer criatura tem de captar o que realmente significam os preexistenciais, ou os pós-experienciais—aquilo que se situa antes dos começos e depois dos destinos.

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O crescimento da realidade é condicionado pelas circunstâncias das sucessivas idades universais. O universo central não passou por nenhuma alteração evolucionária na idade Havonal, mas, nas épocas presentes da idade do superuniverso, ele está passando por certas mudanças progressivas, induzidas em coordenação com os superuniversos evolucionários. Os sete superuniversos, ora em evolução, atingirão, em algum momento, o status de estabelecidos em luz e vida; atingirão o limite de crescimento na idade universal atual. Sem nenhuma dúvida, porém, a próxima idade, a idade do primeiro nível do espaço exterior, liberará os superuniversos das limitações do destino, próprias da idade atual. A repleção está-se sobrepondo continuamente à fase do completar.

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Essas são algumas das limitações que encontramos, ao tentar apresentar um conceito unificado do crescimento cósmico das coisas, dos significados e dos valores e das suas sínteses, em níveis sempre ascendentes de realidade.


 
 
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O Livro de Urântia